Gestão escolar: como planejar as ações da escola para o primeiro semestre?

 

O projeto para o ano seguinte deve iniciar ao longo do ano anterior; avaliação constante permite detectar problemas, corrigir percurso e saber o que mudar posteriormente

A gestão é fundamental para o funcionamento adequado da escola em todos os aspectos — pedagógicos, materiais, financeiros, de recursos humanos e marketing. “O gestor precisa ter uma visão global e integrada de todos os setores, pois nada funciona separadamente, e acompanhar constantemente tudo o que ocorre no espaço escolar”, diz Nilza Popic, assessora pedagógica do Sistema Anglo.

Isso significa, por exemplo, conhecer a concorrência, cuidar das finanças, verificar se há funcionários suficientes para as necessidades do cotidiano, se os alunos estão sendo assistidos adequadamente pelos professores e se estes estão tendo o suporte necessário da coordenação. Inclui também observar se as salas de aula contam com os recursos que necessitam e se está havendo investimento suficiente no material didático e nos profissionais da casa.

Para a assessora, na perspectiva do início do novo ano escolar de 2020, é preciso repensar 2019. “Planejamento se faz respondendo ao ano anterior. É necessário fazer um levantamento e analisar o que deu certo, o que não deu e o que pode ser melhorado para redirecionar o ano seguinte”.

De acordo com ela, a pauta do próximo ano já começa no próprio ano letivo e, para isso, reuniões curtas e constantes com as equipes pedagógica e gestora, com objetivos bem claros, são essenciais.

“Assim, durante o ano, o gestor já vai fazendo as intervenções necessárias e começa a ter noção das alterações maiores que terão que ficar para o ano seguinte. O grande problema é quando o gestor e a equipe só vão pensar nisso no final do ano”, afirma.

Ela cita o sistema de gestão PDCA — Planejar, Desenvolver, Checar e Agir — como um facilitador desse processo. Por meio dele, o gestor vai enumerar os objetivos que pretende que sejam atingidos. Depois, ele vai desenvolver cada item, detalhando como fazer — por exemplo, designando as pessoas responsáveis por determinadas ações e em quem vai centralizar o trabalho. O passo seguinte é acompanhar e checar as iniciativas, realizando pequenas correções, se necessário. Se o objetivo não for atingido, deve-se avaliar o que ainda precisa ser feito para alcançar o resultado esperado.

“O PDCA é um ciclo, as ações são constantes e exigem análises permanentes. Ele permite o acompanhamento de todo o processo de forma organizada e a visualização de todas as correções de itinerário durante o ano”, explica Nilza.

Outros recursos que podem ajudar na gestão são as informações e ferramentas disponíveis na Plataforma do Sistema Anglo. Segundo ela, os próprios boletins de desempenho que o Anglo envia para as escolas parceiras são um referencial importante. Se o rendimento dos alunos não estiver adequado, é possível fazer o caminho inverso e repassar todos os aspectos, analisando o trabalho dos professores e coordenadores e os recursos de que a escola dispõe, até chegar na gestão. “Isso pode funcionar como base para identificar eventuais problemas e agir sobre eles, ajustando o planejamento”, finaliza a assessora.

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