Planejar as atividades do dia, priorizar as tarefas e solucionar as dúvidas facilitam a aprendizagem e também o desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade
O início de um novo ano letivo é um bom momento para os alunos se organizarem para um período de estudo mais produtivo. “Uma ideia que pode guiá-los nesse planejamento é o conceito de ‘aula dada, aula estudada’”, sugere a professora Nilza Popic, assessora pedagógica do Sistema Anglo.
Como primeiro passo, antes mesmo da volta às aulas, a assessora sugere que os estudantes deem uma passada de olhos nos conteúdos que tiveram no ano anterior, nas diferentes disciplinas. “As escolas costumam fazer essa retomada, mas o aluno também pode relembrar o que viu por conta própria e, assim, facilitar a continuidade do aprendizado”.
Fazer as tarefas de casa todos os dias, preferencialmente logo depois da escola, é outra recomendação. “Isso, automaticamente, sedimenta o conteúdo e desenvolve as habilidades necessárias para dar sequência à aula seguinte”, explica a professora.
Segundo ela, se o aluno estuda pela manhã, o ideal é fazer a lição logo depois do almoço, pois ele vai se lembrar dos detalhes e até mesmo das brincadeiras que aconteceram na aula. “Se ele deixar para fazer depois da academia, do inglês ou de outra atividade, essas vivências podem acabar se sobrepondo ao conteúdo estudado e ser processadas pelo cérebro como mais importantes ou significativas do que a aula, atrapalhando a fixação”.
Para aqueles que estudam à tarde, vale a mesma orientação de fazer a lição depois da escola ou do jantar e não na manhã seguinte. No caso dos adolescentes, eles mesmos têm condições de se organizarem. Para os mais novos, a família pode ajudar a distribuir e priorizar as atividades.
Outro aspecto importante, de acordo com a assessora, é olhar com atenção para as dúvidas para não deixar lacunas na aprendizagem. E, se o aluno não conseguiu resolver um determinado exercício, ele não deve deixar em branco, mas ir até o ponto em que teve a dúvida. Isso serve de sinalização para o professor saber o que precisa ser retomado e para o próprio aluno ir atrás da resolução.
No Sistema Anglo, por exemplo, os alunos do Ensino Médio, realizam todas as tarefas na plataforma digital Plurall. Como há um sistema de correção automática, as lições não são corrigidas pelo professor. “Se o aluno acerta o exercício, ele segue em frente. Se ele erra, ele pode recorrer a uma série de recursos da própria plataforma, como revisões e vídeos sobre o assunto, além de sempre ter a possibilidade de pedir socorro aos monitores/plantonistas. A ideia é que ele desenvolva a autonomia nos estudos”, afirma a professora.
A participação da família na lição de casa deve se limitar a orientar a resolução por meio de questionamentos, perguntando o que a criança ou adolescente não entendeu e sugerindo reler o enunciado. “Isso ajuda a desenvolver a responsabilidade para assistir às aulas. É o aluno quem estava presente na aula e precisa chegar às respostas”, diz Popic.
Na hora de estabelecer prioridades, é preciso considerar que todas as aulas são igualmente importantes. “E respeitar o horário de início e término do período letivo é fundamental para que o aluno tenha um sequenciamento do trabalho realizado na escola”, completa a professora.