Propostas reúnem conhecimentos da prática na sala de aula e das trocas de experiência dos docentes e estão alinhadas às competências da Base Nacional Comum Curricular

Trabalhar com projetos em sala de aula traz para os alunos uma vivência rica em saberes. A partir de uma problematização, questão ou tema, os estudantes mobilizam suas experiências anteriores, relacionam diferentes conteúdos e levantam hipóteses, sempre com a mediação do professor. Assim, tornam-se o centro do processo de aprendizagem e protagonistas da construção de seu conhecimento.

Para garantir o desenvolvimento desse trabalho, no Sistema Anglo, os professores contam com a matriz de projetos — indicações presentes no caderno do professor que o auxiliam no planejamento do seu trabalho e na organização das ações. Elas também mapeiam as características do aluno que se pretende formar e as atividades em que tais competências podem ser aplicadas, além de tornar a proposta mais clara e visível para os estudantes e suas famílias.

“A matriz nasceu da prática da sala de aula, das vivências e das trocas de experiências dos professores. O docente não precisa de um material pronto e de uso obrigatório, mas de uma matriz que o ajudará a trabalhar com seus alunos na produção dos conteúdos e informações que serão utilizados na elaboração de novos conhecimentos”, diz Marcia Sousa, assessora pedagógica do Sistema Anglo.

Ela explica que os conteúdos dos projetos podem ser escolhidos de acordo com o caderno do aluno, a partir de um livro de literatura usado nas rodas de leitura ou de conversas. Os conteúdos são interdisciplinares e interligados e fazem parte do material do aluno e do professor. O assunto definido deve ter relevância para a turma, e os alunos devem ter voz sobre a escolha do tema. Determinar antecipadamente em quais dias e horários o projeto será trabalhado para que ele conviva com o material didático e não vire um concorrente também é um fator importante, segundo a assessora.

Marcia dá como exemplo o caderno 3 do 1º ano do Ensino Fundamental que traz o tema “Vida de Bicho”. A partir daí, o professor e os alunos vão organizar o início do projeto, listando todos os materiais necessários — físicos e digitais — para a execução e definindo como será a exposição. O professor também deve selecionar as referências bibliográficas que norteará as pesquisas dos alunos. “A aprendizagem ativa torna o projeto muito mais significativo, pois os alunos estarão a todo momento na busca de informações”, observa.

A assessora ainda destaca que, na reformulação do material do Ensino Fundamental do Anglo, a matriz de projetos está articulada ao perfil do aluno Anglo e às competências socioemocionais indicadas para promover a formação integral desses estudantes. “Os referenciais também estão alinhados à Base Nacional Comum Curricular e visam promover o desenvolvimento dos alunos a partir da construção de seu conhecimento, da progressão de habilidades e da formação de atitudes e valores, elementos essenciais do processo de ensino e aprendizagem.”