Se usadas de forma adequada, elas podem ser importantes ferramentas para ter acesso a conteúdos, assistir aulas, participar de grupos de discussão e interagir com outros estudantes e professores
As redes sociais quase sempre são vistas como um obstáculo para o estudo, pois podem atrapalhar a concentração e o desempenho dos estudantes. Mas, se usadas de forma adequada, elas podem ser boas aliadas no processo de aprendizagem.
“A partir das redes, é possível ter acesso a informações importantes e materiais de estudos para todos os gostos. Podemos participar de grupos de discussão, trocar experiências, interagir com professores do mundo todo e ainda assistir a aulas a partir das plataformas disponíveis”, diz Danilo Dacar, assessor pedagógico de pré-vestibular do Sistema Anglo de Ensino.
“Ao encontrar outros estudantes que possuem perspectivas, dificuldades ou aspirações semelhantes, os adolescentes e jovens podem compartilhar experiências e métodos de estudo que deram certo. As redes também são uma forma eficaz de nos deixar sempre por dentro dos principais acontecimentos do Brasil e do mundo”, completa o assessor, que ainda destaca a possibilidade de formar grupos de estudo com colegas ou reuniões virtuais para debater temas de interesse.
Outro aspecto importante, segundo Dacar, é o caráter instrucional dessas mídias. “Vários tutoriais e dicas de aplicativos de estudo são compartilhados por meio delas. O Sistema Anglo, por exemplo, possui contas no Instagram e YouTube que permitem ao aluno ter informações sobre diversas atividades que o sistema promove, além de informações sobre vestibulares e blogs com notícias. A plataforma Plurall também faz uma comunicação frequente com seus seguidores em relação a novidades e recursos que contribuem para uma melhor aprendizagem”.
Uso planejado e disciplina
No entanto, para utilizar as redes de forma a obter benefícios para os estudos, é importante estabelecer horários e manter a disciplina para focar naquilo que foi planejado — uma dica é desabilitar notificações para evitar distrações. Vale a pena escolher um momento para se centrar nos estudos e outro para usá-las livremente.
Outra orientação do assessor é em relação às notícias que chegam por meio das redes. Para ter acesso a informações seguras, sem cair nas fake news, é preciso seguir fontes confiáveis. “Prefira os portais oficiais de notícias, jornalistas renomados, críticos, professores, projetos e instituições de ensino reconhecidas. Também devemos nos aprofundar nas informações. As redes sociais, pelo seu próprio formato, oferecem um conteúdo muito resumido ou somente as manchetes das notícias. Por isso, é importante tirar um tempinho para ir além e correr atrás das informações completas.”
Diversidade de redes
Em relação às diferentes redes sociais, Dacar destaca que o Instagram e o Facebook, duas das mais utilizadas, permitem criar grupos de interesse, procurar conteúdo específico por meio de perfis escolhidos e até mesmo fazer lives. Já o Twitter é importante para se atualizar, acompanhar as notícias instantâneas e compartilhar reflexões.
O YouTube, por sua vez, possibilita fazer cursos, assistir videoaulas ou até mesmo postar os próprios vídeos. Grandes instituições veiculam cursos completos e gratuitos, e alguns professores mantêm canais que valem ser seguidos. “A variedade é tanta que, às vezes, podemos nos perder com tanta informação. Por isso, é importante seguirmos recomendações dos professores ou de fontes confiáveis”, alerta.
Dacar aponta que o ambiente das redes sociais se transformou, até por conta da pandemia, no novo lar dos estudantes. “Elas se tornaram um local de propagação de ideias, sentimentos, relacionamentos e também de estudos”, finaliza o assessor.