Fortalecer o vínculo entre escola e família e manter o foco na formação do aluno possibilitam identificar dificuldades na aprendizagem e pontos que podem ser melhorados

A parceria entre escola e família é fundamental na relação de ensino e aprendizagem e, com certeza, influencia no resultado final desse processo. Porém, muitos pais ainda têm dúvidas sobre o seu papel e o que devem fazer para auxiliar os filhos a alcançar um bom desempenho nos estudos.

“É preciso sempre ter em mente que o objetivo central de pais e educadores é o mesmo: o  desenvolvimento do estudante. Para atingi-lo, é necessário dialogar e traçar estratégias e metas coletivas e não apontar culpados”, diz Rosane Faria, assessora pedagógica do Sistema Anglo.

Um aspecto importante para fortalecer esse vínculo é entender que essa conversa não deve ocorrer apenas quando a família ou os professores percebem algum problema. “A orientação antecipada é sempre o melhor caminho. Isso inclui reuniões com os pais no início do ano e dos bimestres para tratar não só de notas, mas também do que é específico de cada fase do desenvolvimento das crianças e jovens”, afirma a assessora. “É  importante que os pais se situem e entendam as mudanças que ocorrem de uma fase para outra e como podem ajudar os filhos em cada uma delas.”

Nesses momentos, uma maneira de aproximar os responsáveis da escola é ouvir atentamente o que eles têm a dizer e utilizar essas informações para esclarecer, acrescentar, corrigir e trazer mais sentido para a educação das crianças.

“Se existe dificuldade em trazer os responsáveis para a escola isso pode ser um indicativo de que provavelmente esteja ocorrendo algum problema. É possível que os pais não estejam compreendendo o papel da escola ou não estejam sendo compreendidos como parte ativa do processo educativo e, portanto, não se sintam realmente colaboradores”, pontua Rosane.

De acordo com ela, apenas dizer a um pai que o seu filho não está aprendendo, não está prestando atenção nas aulas e não está ajudando nas atividades não é suficiente, pois o responsável precisa entender como pode ajudar.

Segundo a assessora, com a evolução da tecnologia, hoje as escolas têm condições de estabelecer um relacionamento mais próximo com os responsáveis. Por exemplo, por meio de aplicativos em que os pais podem conversar com a escola e também com seus filhos sobre conteúdos discutidos na sala de aula. “Quando as escolas compartilham informações relevantes com os pais, eles podem ser mais participativos e todos saem ganhando.”

Para Rosane, a escola deve aproveitar a presença dos pais em reuniões e demais eventos e também a tecnologia para conscientizá-los da importância dessa parceria. “Se os pais aceitam os professores como aliados e vice-versa, é mais fácil e rápido identificar dificuldades na aprendizagem dos alunos e encontrar juntos as soluções.”