Novo Ensino Médio do Anglo: escolas terão flexibilidade para ofertar cursos eletivos

Esses cursos vão complementar itinerário formativo ou constituir leque de escolha para aluno compor sua trajetória; também podem ser opcionais ou integrar currículo obrigatório

A partir de 2021, alinhado à nova legislação educacional e à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o Sistema Anglo vai adotar um novo currículo para o Ensino Médio. Ele se divide, basicamente, em formação geral e em itinerários formativos, e traz ainda opções de estudos avançados e cursos eletivos.

Nos itinerários formativos, que podem estar vinculados às quatro grandes áreas do conhecimento — ciências humanas, linguagens, ciências da natureza e matemática, ou ainda, à formação técnica profissionalizante — as escolas podem oferecer trajetórias já fixas ou que permitem algumas ramificações, que seriam os cursos eletivos.

Henrique Braga, autor de português, coordenador pedagógico e coordenador do projeto do Novo Ensino Médio do Anglo, explica que também é possível as escolas oferecerem para os alunos um leque maior de cursos eletivos para que eles formem suas próprias trajetórias. “É uma situação mais incomum, porque as escolas teriam mais dificuldade em fazer isso, mas também seria uma alternativa.”

Ele explica que, no Anglo, há uma preocupação grande em dar suporte para que as escolas usem o material, que é modular, da melhor forma, conforme seu perfil e realidade. “Nós temos, por exemplo, educação financeira como conteúdo para curso eletivo. Mas é a escola que vai decidir se ela vai oferecer educação financeira de modo que os alunos optem por fazer a matrícula ou se ela entende que, para a sua realidade e o seu currículo, é importante que todos passem por esse curso”.

Neste caso, segundo ele, a recomendação seria que esse material, inicialmente pensado como curso eletivo, fizesse parte do ciclo acadêmico básico. Essa mesma lógica se aplicaria para outros cursos eletivos.

A grande vantagem desses cursos eletivos para os alunos, de acordo com Braga, vai na esteira dos benefícios dos próprios itinerários formativos: o aluno ter acesso a um Ensino Médio em que ele escolhe pelo menos parte do seu currículo. “A ideia é que, ao fazer sua escolha, ele consiga cursar essa fase tão importante da educação básica com mais significado e mais afinidade como o seu projeto de vida. No caso da oferta do Anglo, já direcionando também para a sua futura vida acadêmica, seja ela qual for.”

O coordenador lembra ainda que, ao longo da sua trajetória, os alunos poderão mudar de ideia e rever suas escolhas a qualquer momento. “Essas opções devem fazer sentido para o estudante e integrar o caminho que cada um vai trilhar.”

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