Como fixar os conteúdos aprendidos em sala de aula por mais tempo?

A partir de algumas práticas, o estudante consegue construir uma base conceitual mais forte e sedimentada a longo prazo

Durante a aula, os professores se esforçam para organizar o conteúdo e elaborar estratégias para facilitar ao máximo a aprendizagem do aluno. Por isso, ao ouvir as explicações e resolver as atividades, é comum que os alunos estejam com as principais bases conceituais daquela aula frescas na memória. Isso, associado com a facilitação feita pelo professor, faz com que as atividades ocorram de forma mais fluida. Mas como retomar isso no estudo após a aula?

Segundo Gabriel Antonini, autor de Biologia do Sistema Anglo, uma possibilidade de otimizar o tempo e maximizar os esforços durante os estudos é iniciar o estudo a partir da resolução de questões de menor complexidade. 

“Nos materiais do Sistema Anglo, por exemplo, elas são encontradas na Tarefa Mínima. Ao realizar essas questões, atente-se e anote dificuldades que possam surgir, como palavras que não se recorda, conceitos que não entendeu, alternativas que não conseguiu avaliar como certas ou erradas, entre outras. Em seguida, faça um estudo da teoria referente ao conteúdo que está sendo trabalhado”, explica Antonini.

Ao organizar o estudo dessa forma, o estudante está utilizando as questões para avaliar em quais partes da matéria tem mais facilidade ou dificuldade, além de estimular a memória em relação àquilo que foi trabalhado em sala. 

“Quando fizer a leitura da teoria, você irá ver que conseguirá dar mais foco e atenção às bases necessárias para enfrentar as dificuldades que encontrou e terá mais facilidade em identificar os pontos da matéria que são importantes, que foram os mais recorrentes nas questões.”

Após esse processo, a base conceitual deve estar mais forte e sedimentada, o que permitirá que ele se desafie com questões progressivamente mais difíceis ou específicas. 

Outra orientação do autor é não limitar o estudo a métodos que são mais passivos, como somente a leitura do texto teórico e a elaboração de resumos e fichamentos. Essas formas de estudar criam menos conexões duradouras em nossa memória. 

“Adote também estratégias mais ativas, como montar esquemas, mapas conceituais e mapas mentais. Também é uma ótima estratégia formar grupos de estudo em que possa você possa trocar explicações sobre a matéria com seus colegas, que possam elaborar questões, trocá-las com seus colegas e, em seguida, corrigi-las”, finaliza Antonini.

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