O professor deve se adaptar a vários tipos de alunos, de atrasados a avançados, reunidos em um único ambiente
No século XXI, fica cada vez mais claro que as escolas são ambientes diversos, com alunos com experiências e habilidades distintas. Nesse contexto, os profissionais da educação precisam saber lidar com essas variedades, conseguindo tornar o ambiente inclusivo para todos.
Esse ponto está previsto na própria BNCC (Base Nacional Comum Curricular), que afirma que cada estudante possui um tempo de aprendizagem e cabe ao professor se preparar para acolhê-lo.
Estudantes “avançados”
Uma diferença educacional nem sempre diz respeito à dificuldade. “Muitas vezes, pode ser uma criança extremamente eficiente, com um privilégio intelectual para além da turma, ou um aluno com histórico de ter morado em outros países e adquirido conhecimentos diferentes”, diz Mariângela Petrosino, assessora pedagógica do Curso Anglo.
O professor, ao pedir para esse estudante esperar ou outros, o freia e não oferece autonomia para que ele busque conteúdos mais adiantados. Logo, essa foi uma ação negativa, feita com a intenção de nivelar a turma, mas que, na prática, apenas bloquea o processo daquela criança. Hoje, já se entende que essas habilidades devem ser valorizadas e incentivadas.
Aprender no coletivo
Os professores devem aproveitar as vivências diferentes dos alunos e ver como elas podem compor o ambiente de aprendizagem, enriquecendo as trocas. Falar de inclusão, nesse contexto pedagógico, é proporcionar para cada estudante a sensação de pertencimento.
“Essa é uma grande transformação que a aprendizagem do século XXI traz: o aprender no coletivo. Percebemos que podemos aprender todos nós juntos, então temos vivências diferentes que devem ser acolhidas na sala de aula. Mas isso só vai acontecer quando o professor estiver pronto, tendo trabalhado a inclusão dentro da escola e no processo de formação dele”, finaliza Mariângela Petrosino.