O que os filhos aprendem tendo os pais como referências?

Momentos cotidianos entre pais e filhos formam a identidade, o caráter e o compromisso de preservar valores para a nova geração

O processo de educar uma criança tem início no lar, dado que a convivência familiar é o primeiro contato do indivíduo com o mundo. Com o passar do tempo, por mais que os filhos passem a frequentar a escola, parques, shoppings e tenham a própria rotina, os pais permanecem como grandes figuras de referência e fontes de aprendizado.

“Tomar os pais como referência vai além de observar, porque o filho observa, analisa, reflete, replica posturas ou repele”, explica Cristina Tempesta, assessora pedagógica do Curso Anglo. Logo, a profissional esclarece que as crianças e adolescentes aprendem com os responsáveis na prática, com base nas interações cotidianas, em que todos compartilham diálogos, dúvidas, sucessos e fracassos.

Os avanços em direção à autonomia

“A partir do momento em que a adolescência atinge os 16 anos, os jovens podem começar a se “separar” dos pais e assim conseguir analisar o que acham correto, o que fariam diferente. Ao se ver como uma outra pessoa, descolada dos pais, começam a compreender e a escolher o que replicariam como eles ou não; em quais ações e decisões percebem que os pais acertam ou erram”, coloca Tempesta.

Dessa forma, os filhos avançam em direção à autonomia e são capazes de analisar os próprios pais de modo crítico. Essa avaliação, no entanto, se afasta daquela visão de pai ou mãe “super-herói”, comum na infância, e passa a enxergar a humanidade nos familiares, passíveis de erros e acertos, como qualquer outra pessoa.

Sobre o que os pais devem estar atentos?

“Os pais devem saber que os seus filhos os tomam como exemplo o tempo todo, por isso, proporcionar um ambiente tranquilo, seguro, organizado e calmo é importante para transmitir segurança e confiança para a criança”, destaca a assessora. Pensando nisso, é essencial adotar um vocabulário que valorize a gentileza e decisões justas, somado a um tom de voz sereno.

Para contribuir com a autoestima dos filhos, os pais devem incentivar a busca por conhecimento, auxiliando a criança a pesquisar, perguntar e formar as próprias conclusões. Além disso, não se deve esquecer que as atitudes exemplares devem partir de dentro de casa, em todos os momentos da rotina.

“Um ambiente em que os pais adotam um tom de tom de voz tranquilo e calmo para falar aos filhos, que dividem tarefas do cotidiano, como pôr e tirar a mesa, guardar os brinquedos, ler livros literários para os filhos ouvirem, partilhar programas de televisão, passeios, viagens, refeições, são experiências importantes na formação de referências sociais e culturais para os filhos”, finaliza.

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