*Artigo de Augusto da Silva, autor do Sistema Anglo de Ensino
Dentre todos os recursos naturais disponíveis em nosso planeta, o solo figura entre os de maior relevância. E não é difícil entendermos sua importância, afinal, ele é fundamental na produção da maioria dos alimentos, além de receber as águas das chuvas que depois emergem nas nascentes, sustentando toda a biodiversidade do planeta. Portanto, não é exagero afirmarmos que o solo funciona como uma base para o desenvolvimento da vida da maioria dos ecossistemas terrestres.
A maior parte das plantas precisa de energia solar, gás carbônico, água e nutrientes minerais. Geralmente, tanto a água como os nutrientes serão fornecidos por meio do solo, que funciona como regulador entre os diferentes sistemas terrestres (hidrosfera, litosfera, biosfera e atmosfera). Além de ser o alicerce para o desenvolvimento dos vegetais, o solo é determinante na qualidade da água que bebemos e do ar que respiramos.
Do solo também retiramos várias matérias-primas, utilizadas para distintos fins como construção de casas, estradas, barragem de terra etc., além de servir como destino para a maioria do lixo urbano, onde os dejetos serão processados ou reciclados. Eles são um dos mais importantes e vulneráveis recursos naturais.
Ao longo do tempo, os seres humanos transformaram ecossistemas, interferindo em seus desenvolvimentos naturais, eliminando e/ou impactando expressivamente grande parte da vegetação natural do planeta. Agricultura, queimadas, pastagem de animais domesticados, desmatamento, urbanização, construção de estradas e represas, e alterações nos recursos hídricos são apenas alguns exemplos de como os homens modificaram os ambientes naturais e que, entre outras consequências, resultaram nas condições naturais de diversos ambientes.
Muitas dessas intervenções resultaram em impactos negativos ao solo, como compactação, desertificação e alterações na capacidade de absorção de umidade que potencializam deslizamentos em diversas regiões. Entre os cientistas, existe o consenso de que a humanidade é a maior responsável pelo comprometimento da qualidade ambiental e que solos férteis são recursos finitos no planeta, necessitando de ações que ampliem sua preservação.
Para finalizar, é importante lembrar que a Organização das Nações Unidas (ONU) demonstra uma relevante preocupação com o meio ambiente. Prova disto, é que entre os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) que fazem parte da chamada “Agenda 2030” – pacto global assinado durante a Cúpula das Nações Unidas em 2015, pelos 193 países membros, comprometidos com a preservação das condições naturais para usufruto das gerações futuras – umas das metas (ODS 15) destaca a importância de preservação da vida terrestre:
“Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da Terra e deter a perda da biodiversidade.”
Sem dúvida, a preservação das condições dos solos, é um dos alicerces para se alcançar este importante objetivo.