Educação continuada: como manter o interesse e o engajamento dos alunos ao longo da vida escolar?

É importante que cada estudante seja corresponsável por suas atualizações e pelo aprofundamento de conhecimentos culturais e acadêmicos

Você já ouviu falar sobre educação continuada? Esse termo foi (e ainda é) muito utilizado no mundo do trabalho. Geralmente, quem se forma na faculdade já logo faz um curso ligado à sua área de atuação profissional. Isso é considerado uma educação continuada. 
 
Hoje, esse termo ganhou um conceito mais amplo e está sendo usado também na vida escolar. “As áreas do conhecimento, como as clássicas escolares, estão sendo continuamente revistas, atualizadas e ampliadas. Por isso, além do material didático impresso, é importante que o estudante acesse também os materiais digitais, para se atualizar o tempo todo”, recomenda Cristina Tempesta, autora do Sistema Anglo de Ensino e diretora pedagógica do Grupo Atmo.  
 
Segundo a especialista, a educação continuada está ligada às formações cultural e acadêmica do estudante. No caso da cultural, ela alerta sobre o volume imenso de conteúdos disponíveis na internet (não só em língua portuguesa, mas em outros idiomas). “A escola não dá conta de trabalhar todos esses conteúdos com seus alunos em sala de aula, pois o volume de informações é muito grande”, aponta. “Por isso, é importante que cada estudante tenha consciência da importância de sua educação continuada, sendo corresponsável por suas atualizações e pelo aprofundamento de conhecimentos, sejam culturais ou os acadêmicos vistos na escola.” 
 
Como colocar em prática a educação continuada? 
 
Por onde o aluno deve começar a sua educação continuada? O que pesquisar? E como? Para a diretora, a escola funciona como um indicador de direções. Ela mostra caminhos, aponta o que é relevante e mostra os temas mais importantes que devem ser pesquisados e aprofundados. Além dos materiais digitais do Anglo, que os alunos podem usar para seus estudos complementares, é importante também buscar outras fontes de pesquisa, pois há assuntos que podem ter novidades constantemente, como os de geopolítica, por exemplo. 
 
Uma ferramenta que pode ajudar também na jornada de educação continuada é a inteligência artificial. “Os alunos já vêm usando bastante esse recurso. Aliás, é a cara dessa geração. A IA dá respostas rápidas. Mas é preciso fazer as perguntas corretas para chegar a um nível de informação adequado”, orienta. Os professores podem ajudar seus alunos nessa missão. 
 
Criando um hábito para toda a vida 
 
No entanto, não basta pesquisar e estudar determinados assuntos ocasionalmente. Para se ter sucesso nos estudos, é importante que a educação continuada de torne um hábito, com curadoria de qualidade, tutorado pela escola e com mediação dos professores.  
 
E tem um detalhe importante: não adianta apenas se aprofundar nos temas de que você mais gosta na escola. Na educação continuada, é essencial também pesquisar os assuntos com maior dificuldade em estudar, e até aqueles considerados “chatos”. Criando esse hábito desde cedo, será possível levá-lo para sua futura vida profissional.   
 
Estudar continuamente produz bem-estar 
 
Além das boas notas na escola e nos vestibulares, a educação continuada agrega outros benefícios para a vida do estudante. Cristina explica que ao ter uma formação continuada, a pessoa se sente segura, pertencente, adequada e preparada para enfrentar diversas situações na vida, principalmente desafios. “E essa segurança traz também conforto e bem-estar, seja no campo escolar, profissional ou pessoal. Ou seja, há muitas vantagens em investir em uma educação continuada.” 
 
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