Como a questão em si pode ter causas diversas, é importante identificar a raiz do problema para que as devidas providências sejam colocadas em prática
Há muitos fatores que podem estar por trás de uma queda de rendimento escolar (repentina ou gradual): desde situações no âmbito da vida pessoal até dificuldades com o próprio estudo ou questões de saúde. “Como a questão em si pode ter causas diversas, é importante identificar qual seja ela, ou elas, para que as devidas providências sejam colocadas em prática”, diz Samara Nabuco, psicóloga do Serviço de Atendimento Psicológico do Curso Anglo (SAP).
Samara explica que, em relação às situações relacionadas à vida pessoal, estas podem ser compostas por questões que envolvem conflitos ou dificuldades enfrentadas, seja quanto aos seus pares, aos familiares ou mesmo questões mais pessoais, da fase da vida que se vivencia.
Além disso, essas dificuldades podem referir-se a um cenário mais amplo, que vai além da própria condição de estudante, como mudanças na condição de vida que exigem adaptações, ou seja, mudar de casa ou da região onde mora, alguma perda que esteja lidando ou até mesmo alterações nas condições financeiras. Estas situações podem influenciar o nível de atenção dada a tarefas como os estudos por conta de o foco estar centrado em outros acontecimentos e “não ter cabeça para estudar”.
Quanto a fatores que dizem respeito ao contexto dos estudos, uma queda no rendimento pode estar intrinsecamente ligada a novos desafios encontrados, que exigem um grau de adaptação: seja a transferência para uma nova escola, começar a estudar conteúdos novos, o aumento da dificuldade de uma determinada matéria, ou mesmo a necessidade de conciliar diversas atividades.
Por fim, fatores vinculados à saúde biológica e/ou psicológica também podem influenciar no desempenho escolar. “Um exemplo seria uma criança que passa a ter uma visão reduzida e por conta disso seu rendimento escolar caia”, diz Samara.
Como os pais podem ajudar?
Buscar compreender o que está por trás dessa mudança é o primeiro passo, segundo a psicóloga. Isso pode ser feito por meio de diálogo, por uma avaliação das circunstâncias presentes ou, quando necessária, por uma avaliação do quadro de saúde.
“Ações mais específicas em alguns casos seriam: contribuir com a organização da rotina ou com outras formas de estudo, prover auxílio para lidar com os conflitos da vida pessoal que estejam interferindo na atenção que é dedicada aos estudos e, quando for necessário, buscar ajuda profissional”, orienta a especialista.