Educador destaca os maiores desafios em sala de aula causados pela pandemia
A pandemia impôs diversas mudanças para a educação. Professores e estudantes precisaram se adaptar e pensar em novas formas de ensinar e aprender. Nesse contexto, existem alguns fatores que os professores não podem deixar de lado no pós-pandemia.
“Acredito que a necessidade constante de aperfeiçoamento e estudo seja uma das ações que devem se tornar perenes. As circunstâncias tornaram evidente algo que sempre foi muito falado e nem sempre posto em prática. A busca constante por metodologias que fizessem os estudantes participar ativamente, ainda que os mesmos não estivessem visíveis para nós, também é algo muito significativo”, afirma Fábio Aviles – Autor de química do Sistema Anglo.
Maiores dificuldades dos estudantes no período
Uma das maiores dificuldades dos estudantes nesse período, de acordo com o educador, foi aprender sem o “olho no olho”, tão importante e essencial na educação. “Vencer a preguiça e entrar nas aulas online, estar pronto para participar das aulas, estudar regularmente, fazer as provas ‘individualmente’ e, principalmente, prestar atenção foram os grandes desafios.”
Maiores dificuldades dos professores
Já em relação aos desafios dos professores, Aviles aponta que é possível dividir as dificuldades em dois grandes momentos: o momento em que tudo virou “ensino à distância” e o momento do “meio presencial, meio à distância”.
“No início, quando a incerteza dominava o que iria acontecer, a conversão da aula presencial para um novo modelo de ensino foi um desafio. Aprender a utilizar meios digitais para transmissão das aulas, plataformas que permitissem acompanhar as produções dos estudantes, busca de ferramentas como lousas digitais, aplicação de avaliações online, dar aulas sem, na maioria das vezes, ver quem estava do outro lado, todos desafios muito grandes para os professores”, explica o autor.
E com o retorno das aulas presenciais (híbrido), o desafio foi equalizar a atenção, as ações pedagógicas, o acompanhamento e as avaliações considerando que parte dos estudantes estava presencialmente com o professor e a outra parte continuava de maneira online.
Depois de um tempo, segundo Aviles, tudo entrou no roteiro cotidiano dos professores e os desafios foram minimizadas. Ele também destaca o grande papel que os estudantes tiveram no auxílio aos professores, especialmente aos que encontraram dificuldades na utilização de meios digitais.