Ter um “break” entre as aulas é essencial para fazer atividades não relacionadas ao estudo, propiciando uma boa aprendizagem para matérias diversas
As crianças e adolescentes brasileiros passam, obrigatoriamente, grande parte do dia na escola. Depois de completar o ensino médio, alguns ainda precisam encarar um intenso ritmo de estudos no cursinho. Nesses ambientes, além do conteúdo visto em sala de aula, os estudantes interagem uns com os outros e possuem uma parcela de tempo livre, o tão aguardado intervalo.
A adoração das turmas por esse momento não é à toa, já que ele pode oferecer um descanso merecido, principalmente para a mente, potencializando o aprendizado.
Por que o intervalo é indispensável?
“O intervalo é fundamental, não só para o descanso físico, pensando em ergonomia e mudança de postura, mas, mais do que isso, para permitir também ao cérebro um ‘break’, para que ele faça uma um processamento das informações adquiridas”, explica Madson Molina, coordenador da Unidade Sergipe do Anglo Vestibulares.
O intervalo e a mudança de contexto educacional
Além disso, um tempo de pausa entre as disciplinas é essencial para transitar entre áreas distintas do conhecimento e absorver todo o conteúdo. “Se a gente pensar numa escola de ensino médio, em que o estudante está tendo aula de Linguagens e, eventualmente, vai ter aula de Ciências da Natureza, é um contexto diferente. Então, o intervalo se torna muito importante como marcador, quase que um divisor, para que ele esteja preparado à absorção de conteúdos de um novo cenário”, esclarece Molina.
O que fazer durante o intervalo?
Embora alguns estudantes utilizem o intervalo para revisar uma matéria, o coordenador explica que o ideal é, justamente, sair da conjuntura de aulas e estudos. Nesse momento, o indicado é que o indivíduo se desloque, converse com os amigos e, se houver tempo suficiente, faça um lanche.
Em escolas de período integral, o estudante deve conseguir almoçar no maior intervalo, mais uma vez, abandonando o contexto de aulas, sobretudo quando essas são expositivas.
Qual duração deve ter o intervalo?
“Em relação à duração do intervalo, não existe algo exatamente pré-definido, mas o que se sabe é que esse intervalo tem que ser proporcional ao tempo em que as aulas foram expostas. Então, em alguns contextos, para aulas de 50 minutos, você pode ter um intervalo de 10% a 20%, ou seja, de 5 minutos a 10 minutos. Mas, as aulas de 1 hora e 40 minutos, por exemplo, vão demandar um intervalo maior, que seja também proporcional a esse tempo”, esclarece Molina.
A equipe pedagógica deve analisar essa questão com calma, de acordo com a grade horária da escola e considerando, sempre, o bem-estar e processo de aprendizagem dos estudantes.