A escola precisa reorganizar seu espaço de modo que as rampas e elevadores, por exemplo, sejam funcionais e práticos
A sociedade busca acolher cada vez mais a diversidade, tomando medidas para facilitar o cotidiano dos indivíduos. Na escola, isso também se reflete, com mais instituições recebendo alunos com perfis diferentes, como deficiências físicas ou intelectuais. Em meio a esse cenário, é fundamental que o espaço do colégio e o corpo docente estejam preparados para incluir a todos.
O que é inclusão?
“Inclusão consiste em um processo de acolhimento e de permanência de um indivíduo no ambiente escolar”, explica Mariângela Petrosino, assessora pedagógica do Sistema Anglo de Ensino.
Então, incluir vai muito além do que apenas ter um aluno portador de deficiência (física ou intelectual) matriculado. É preciso que a comunidade escolar como um todo esteja preparada para atender as necessidades de aprendizado daquele indivíduo.
Adaptações no espaço
Para os estudantes portadores de deficiência física ou com um problema de mobilidade, é indispensável que o colégio facilite a transição entre os espaços. “Já observei em muitas escolas, em frente ao elevador, uma criança na cadeira de rodas esperando a moça da secretaria que foi buscar a chave — ou algo similar. A questão não é ter o elevador, mas, sim, que ele esteja disponível para quando o estudante precisar”, afirma Mariângela.
Para que esse exemplo ocorra de forma eficiente, deve haver uma reorganização nos processos dentro da escola. Em vez de o aluno perder 20 minutos de aula esperando a assistência, algum profissional deve, com certa antecedência, estar a postos e dominar o caminho a ser seguido.
O pátio da escola
A preocupação sobre a acessibilidade do ambiente escolar deve priorizar o pátio. É nele que ocorrem as principais trocas entre os iguais, ou seja, entre as crianças ou adolescentes.
“Isso é muito mais fluido quando o ambiente é motivado e preparado para essas interações. Então, vale notar onde fica a rampa de acesso — que, muitas vezes, está no canto, um lugar difícil para chegar — e preparar o ambiente para ser acolhedor e onde a pessoa se sinta bem e queira ficar”, finaliza Mariângela.