A importância do sono na performance acadêmica

A especialista Samara Nabuco explica por que e como os estudantes podem manter uma boa qualidade de sono

Um estudo feito pela Universidade Carnegie Mellon demonstrou que a duração do sono à noite afeta o rendimento acadêmico dos estudantes. Aqueles alunos que dormiam menos de seis horas por dia apresentaram resultados negativos na média de suas notas. Estudos anteriores já demonstraram que adolescentes em idade escolar deveriam ter de 8 a 10 horas de descanso por noite.

Samara Nabuco, psicóloga do Curso Anglo, também afirma que um sono de qualidade contribui com o desempenho acadêmico. “O sono está relacionado a processos como atenção e memória, desta maneira, ele está intimamente ligado à aprendizagem, na qual esses dois fatores são imprescindíveis”, diz ela.

A especialista também cita outros benefícios de uma boa qualidade de sono, como conseguir sustentar uma rotina equilibrada, acordar com disposição e manter a concentração e raciocínio durante os compromissos diários. “Além disso, ao fim do dia, adormecer sem demora e ter um sono contínuo sem interrupções potencializa a qualidade reparadora do sono e a absorção dos aprendizados obtidos ao longo do dia”, completa.

Consequências de um sono ineficiente

Samara diz que um sono insuficiente tem influência na vida de um estudante dependendo da frequência e da intensidade dos problemas vivenciados durante o período de descanso. Ela cita algumas complicações disso:

  • Perda dos benefícios do sono propriamente dito;
  • Dificuldade em levantar-se, o que pode causar problemas com a manutenção de uma rotina e seus compromissos;
  • Sonolência e irritabilidade durante o dia, o que pode comprometer suas atividades e o convívio com as demais pessoas;
  • Falta de concentração em suas atividades e dificuldades em memorização, que atrapalham os estudos e seu desenvolvimento;
  • Frustrações pessoais ao confundir a própria capacidade com as eventualidades geradas pelo sono mal regulado;
  • Consequências na saúde, como questões neurológicas e alterações respiratórias.

Como melhorar a qualidade do sono?

A psicóloga afirma que para melhorar a qualidade do sono, inicialmente é preciso identificar a causa do problema. “Condições de saúde específicas do sono necessitam de busca de ajuda profissional especializada”, diz ela. O mesmo cuidado é importante em caso de outras questões que podem impactar indiretamente o descanso.

“Considerando a qualidade do sono dos estudantes, é importante avaliar se o nível de responsabilidades e cobranças no dia a dia está adequado às suas reais condições”, afirma Samara. “Além disso, vale avaliar se os hábitos familiares de vigília e sono estão influenciando nos hábitos dos estudantes”.

No caso de hábitos pessoais que influenciam na qualidade do descanso, a adoção da higiene do sono é fundamental. Algumas medidas apontadas pela psicóloga são:

  • Buscar manutenção de horários e rotinas constantes para dormir e acordar;
  • Reduzir de estímulos e atividade horas antes de dormir, evitando o uso de telas e não consumindo alimentos pesados ou bebidas estimulantes e alcoólicas;
  • Adequar temperatura e umidade do ambiente;
  • Levantar-se caso sinta que não consegue mais dormir.

O que fazer nos dias em que não foi possível dormir o tempo necessário?

Caso não tenha dormido por tempo suficiente, a especialista afirma que é importante buscar manter o horário que costuma despertar, além de evitar compensar o tempo dormindo ao longo do dia para não diluir ainda mais o sono noturno.

Também é importante não tentar resolver o problema de um “funcionamento mais lento” com bebidas estimulantes, que poderiam intensificar alguma questão existente. “Ser respeitoso com seus limites muitas vezes é o essencial para que a situação não perdure”, diz Samara. É preciso identificar a causa e agir, alterando hábitos e procurando auxílio profissional quando preciso.

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