Abordar o tema em sala de aula estimula a inovação e a autonomia, preparando os alunos para os desafios da vida social e do mundo do trabalho
No ambiente escolar, proporcionar uma cultura favorável ao desenvolvimento de atitudes e valores como inovação, planejamento, liderança, colaboração e resiliência, entre outros, contribui para a promoção de uma postura empreendedora nos alunos. Ela pode ser entendida, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como competência essencial ao desenvolvimento pessoal, à cidadania ativa, à inclusão social e à empregabilidade.
Conforme aponta a BNCC, a educação empreendedora permite aos estudantes inserir-se de forma ativa, crítica e responsável em um mundo do trabalho cada vez mais complexo e imprevisível. Isso os torna capazes de se adaptar com flexibilidade a novas situações, criando assim possibilidades para viabilizar seu projeto de vida e continuar aprendendo.
Neste post, Carol Lyra, diretora do Anglo Sorocaba, dá dicas de como estimular a inovação e a autonomia dos estudantes, visando à formação de um profissional com capacidade para empreendedor na vida pessoal e na carreira, habilidade cada vez mais requerida e necessária no mercado de trabalho.
A disciplina Empreendedorismo
Cursar disciplinas que estimulam o empreendedorismo desde o Ensino Fundamental pode ser um caminho muito motivador e prazeroso para os alunos. No Anglo Sorocaba, por exemplo, na disciplina de “Empreendedorismo Criativo”, cada série tem uma empresa júnior para administrar ao longo do ano, e os estudantes são apresentados a conceitos mercadológicos como lucro líquido, modelos de negócio como “business to business” (B2B) e “business to consumer” (B2C), planilhas de custo, etc. “Além disso, eles organizam eventos para captar investidores-anjo”, conta Carol.
Quando os alunos dessa disciplina chegam no Ensino Médio, eles oferecem consultoria para os estudantes mais novos, na disciplina eletiva chamada “Branding”. “Isso proporciona uma continuidade do trabalho realizado na empresa júnior, além de experiências únicas e relevantes para o futuro”, avalia a diretora.
Além dessas disciplinas, ela acredita que os professores de outros componentes curriculares, mesmo dos mais tradicionais, devem ter em mente os conceitos de “empreendedorismo” e “carreira” ao prepararem suas aulas. “Quando é possível contextualizar o conteúdo abordado em situações-problema, dinâmicas ou mesmo projetos, os alunos desenvolvem habilidades que serão utilizadas futuramente.”
Nesse contexto, de acordo com Carol, o professor pode ser o maior inspirador de projetos pedagógicos de uma escola e, por isso, precisa participar das idealizações dos coordenadores e diretores. “Não é suficiente o projeto estar claro na cabeça do diretor. O professor precisa acreditar nele também”, orienta.