Os programas de orientação de carreiras são importantes para o ingresso com consciência e autonomia no mundo profissional
Uma pesquisa realizada pela CMOV, uma plataforma de carreiras, entrevistou cerca de 2 mil jovens brasileiros e constatou que 82% não sabem ou têm dúvidas sobre o seu destino profissional. A escola, como ambiente de inserção de crianças e adolescentes na sociedade, precisa oferecer informações sobre as diferentes profissões e trabalhar o autoconhecimento para que esses jovens possam fazer escolhas alinhadas aos seus interesses e valores. Uma das formas de realizar isso é por meio da orientação de carreiras.
Trata-se de um programa que visa auxiliar os alunos a compreenderem os próprios gostos e a optar por uma carreira que se adapta aos planos e ao estilo de vida de cada um. Isso pode ser feito com psicólogos, professores e especialistas nas áreas específicas, que vão explicar sobre o mercado de trabalho de cada profissão.
Importância da orientação de carreiras
Bárbara Souza, autora do material de Projeto de Vida do Sistema Anglo de Ensino, afirma que os programas de orientação profissional e de carreira são muito importantes para que os adolescentes e jovens possam projetar a continuidade de sua formação após o término da escolarização básica.
Afinal, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio são estruturados a despeito das escolhas dos estudantes. Por isso, pode ser necessário o uso de métodos que vão além dessas disciplinas básicas para que o aluno entenda o que realmente gostaria de estudar na faculdade e seguir como profissão.
De acordo com Bárbara, esses programas desenvolvem o autoconhecimento e fornecem, de maneira planejada e intencional, informações sobre o mundo do trabalho para uma escolha mais apropriada pelo jovem, favorecendo a transição da escola para o mundo profissional.
A transição do Ensino Médio para o mundo profissional
A especialista aponta a constituição da identidade como um elemento central para o adolescente que está passando por essa etapa. Com ela estabelecida, é possível compreender alguns pontos que fazem parte desse processo identitário, como:
- os interesses e afinidades por diferentes temas e áreas;
- os papéis sociais e profissionais;
- a diversidade de experiências e atuações em grupos.
“Essa compreensão pode favorecer a transição da escola para o mundo do trabalho, pois oportuniza que as informações e orientações sobre cursos, profissões e atuações profissionais sejam trabalhadas de maneira intencional e objetiva”, diz Bárbara. “Isso desmistifica estereótipos, amplia a compreensão sobre o mundo do trabalho e favorece a construção de um projeto profissional de médio e longo prazo, em que a escolha por um curso é a primeira ação necessária”, finaliza.