Retomar o que foi aprendido contribui para o desenvolvimento contínuo do conhecimento
A tendência natural do ser humano é de esquecer informações ao longo do tempo, caso elas não sejam revisadas ou reforçadas. Por isso, é importante que o estudante crie o hábito de revisar periodicamente o material, para reforçar a memória e promover a retenção do conhecimento a longo prazo.
Madson Molina, professor, autor e coordenador do Anglo Vestibulares, diz que à medida que o aluno revisa os assuntos, ele percebe quais foram ou não assimilados. Essa percepção permite ao estudante identificar quais tópicos precisam de mais atenção e incluí-los em sua preparação de forma mais eficaz.
Segundo o coordenador, há várias estratégias para ajudar a reter informações. Ele destaca a retenção por associação e a retenção por repetição.
A retenção por associação envolve conectar novas informações a conhecimentos prévios ou a conceitos já familiares, criando vínculos que facilitam a lembrança.
Já a retenção por repetição consiste em revisitar regularmente o material estudado. Ao repetir a exposição a uma informação ao longo do tempo, o cérebro consolida esse conhecimento e torna a recordação mais fácil.
Quando se trata de compreender um novo conceito, a prática de exercícios também é muito importante. Ao acertar esses exercícios, o estudante experimenta uma sensação de conquista que funciona como uma recompensa, incentivando-o a continuar engajado no processo de aprendizado.
“Essa sensação positiva é como um pequeno biscoito de motivação que o impulsiona a comparecer à escola no dia seguinte, assistir às aulas e completar suas tarefas”, acrescenta Madson.
Método “aula dada, aula estudada”
A estratégia “aula dada, aula estudada”, que visa incorporar o hábito de estudo no dia a dia do aluno, revela-se muito eficaz. “Essa abordagem tem um impacto significativo. Por exemplo, quando o estudante assiste à aula pela manhã e dedica a tarde às tarefas, ele está engajado em um processo de revisão ativa de determinados temas”, aponta o coordenador.
Esse padrão, quando mantido de forma consistente, gradualmente se transforma em uma rotina para o estudante, até mesmo sem que ele perceba. “Com essa prática de ‘aula dada, aula estudada’, o aluno constrói uma base sólida de preparação, aumentando sua competitividade para os vestibulares“, conclui.