Abordagem envolve os alunos de maneira prática e interativa, incentivando a participação e o engajamento com os estudos
Você sabe o que é aprendizagem ativa? É uma abordagem pedagógica que envolve os estudantes de uma forma mais direta e participativa no processo de aprendizagem. Ela se opõe às tradicionais aulas expositivas, nas quais os alunos são receptores passivos de informações.
“A aprendizagem ativa oferece ferramentas valiosas para ajustar e melhorar a prática pedagógica, criando uma sala de aula mais interativa e dinâmica”, explica Maria Célia Assumpção, professora e autora do Sistema Anglo de Ensino. “A abordagem também proporciona uma avaliação mais abrangente, não só por meio de testes tradicionais, mas também de observações de participação e aplicação prática do conhecimento.”
Professor como facilitador, orientador e mentor
Na aprendizagem ativa, o papel do docente é fundamental e multifacetado. “Ao invés de ser apenas transmissor de conhecimento, o professor atua como facilitador, orientador e mediador do processo educativo, incentivando a participação ativa dos alunos”, afirma a professora.
Ela complementa: “o educador promove ainda discussões e debates, encorajando a troca de ideias. Age como mentor, fornece feedback contínuo e suporte emocional, motivando os alunos a se envolverem com o estudo”.
Estudante: protagonista do próprio aprendizado
Já o papel do aluno na aprendizagem ativa é central e envolve uma série de responsabilidades e atitudes, afinal, ele é protagonista do próprio aprendizado.
Segundo Maria Célia, o estudante é incentivado a se engajar de maneira participativa nas atividades e discussões e a trabalhar de forma colaborativa com os colegas, trocando ideias e construindo conhecimentos coletivamente. Os alunos também desenvolvem habilidades de autogestão, como organização do tempo e das tarefas, para cumprir os objetivos educacionais. “Essa abordagem ajuda o aluno a manter uma atitude de constante curiosidade e abertura para novas ideias e experiências”, destaca.
Estratégias de aprendizagem ativa
Há várias estratégias que podem ser utilizadas para a prática da aprendizagem ativa, de acordo com a autora. Mas, para que os estudantes se engajem em atividades e discussões que incentivam a reflexão e a aplicação dos conhecimentos adquiridos, quatro condições básicas devem ser atendidas: a motivação, o interesse, a habilidade de compartilhar experiências e a de interagir com diferentes contextos.
Uma dessas estratégias é a discussão em grupo na sala de aula. Os alunos podem debater tópicos específicos, analisar problemas e discutir questões, favorecendo a troca de ideias e a colaboração.
Outra forma de abordagem é o estudo de caso. Os estudantes analisam situações reais ou hipotéticas para aplicar conceitos teóricos e resolver problemas, desenvolvendo habilidades analíticas e de tomada de decisões.
Por exemplo, os alunos podem tratar dos problemas ambientais locais e escolher um tópico para investigação, como a poluição da água ou a derrubada de árvores na região. “Eles se dividem em grupos, cada um focando um aspecto específico do problema. O passo seguinte é a coleta de dados, que envolve o trabalho de campo. A seguir, há a pesquisa online e o desenvolvimento de soluções. Os passos finais envolvem a apresentação dos resultados e o compartilhamento com a turma, os professores e a comunidade escolar”, descreve a especialista.
Ferramentas para as práticas ativas
Maria Célia diz que outras dinâmicas, como atividades laboratoriais, ensino entre pares, jogos educacionais, questionamentos e mapas mentais, também envolvem os alunos de maneira ativa e colaborativa, tornando o aprendizado significativo e eficaz.
Ao trabalhar essas práticas, o docente pode escolher diferentes ferramentas, como Google Drive, Microsoft Teams e Mind Meister, que permitem que os alunos organizem e visualizem ideias, conceitos e informações de maneira gráfica e interativa. “O uso desses recursos torna o ambiente produtivo, ativo e motivador, com aulas mais dinâmicas e acessíveis”, finaliza.