Educadores atualizados e em busca de novos saberes aprimoram sua prática pedagógica, melhorando o engajamento e o aprendizado dos estudantes
Quando os professores começam a lecionar, eles trazem uma bagagem teórica de suas áreas e conhecimentos da pedagogia, obtidos no curso de graduação e na licenciatura que habilita a formação de educadores. Mas, a essa formação inicial devem ser acrescentados continuamente novos saberes, produzidos a partir da reflexão do que vivem na prática e da aquisição de novidades e inovações que ainda não existiam quando estavam na faculdade.
Essa formação contínua permite que os educadores estejam sempre atualizados em seu ofício e aprimorem continuamente suas metodologias de aula, de forma a tornar o processo de ensino e aprendizagem sintonizado com seu tempo e espaço.
“Essa sintonia evidentemente aumenta o engajamento e o aprendizado dos alunos, seja pelas estratégias pedagógicas utilizadas, seja pelo próprio exemplo dos professores que se mostram atualizados e atentos ao que os cerca”, diz Tania Fontolan, diretora pedagógica da Somos e autora do material de História do Sistema Anglo de Ensino.
Ela ilustra essa situação com uma frase de Jacques Delors, economista e político francês, que presidiu, entre 1992 e 1996, a Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, da Unesco, e autor do relatório “Educação, um Tesouro a descobrir”: “A qualidade do ensino é determinada tanto ou mais pela formação contínua dos professores, do que pela sua formação inicial.”
Impactos no desempenho estudantil
Um professor que toma contato e incorpora as descobertas contínuas da neurociência consegue utilizar as melhores estratégias e caminhos para mobilizar as capacidades cognitivas de seus alunos. Além disso, em cada área do conhecimento, novas atualizações se dão o tempo todo, tornando fundamental atualizar os conceitos que são ensinados.
Um outro ponto é a sociabilidade de todos nós, que tem sido fortemente impactada pelas ferramentas digitais — mais recentemente, pela Inteligência Artificial. “Incorporar o trabalho com esses recursos é importante para preparar os alunos para a vida social na qual estão inseridos, assim como problematizar o uso dessas funcionalidades é imprescindível para uma utilização ética e responsável”, acrescenta a diretora.
Quando se pensa em vestibulares e processos seletivos, por exemplo, estar atento às características desses exames, suas atualizações e demandas se mostra crucial para que a preparação dos estudantes seja a mais completa possível, auxiliando esses alunos na conquista de suas vagas no ensino superior e nas carreiras que almejam.
Como conciliar a formação continuada e o trabalho
Em que pese o fato de a jornada dos educadores ser, em geral, longa e exaustiva, rigorosamente todos os profissionais precisam dedicar tempo à atualização. “Acompanhar as mídias e o que acontece no mundo é importante como elemento de ligação com a via social, para a qual a escola prepara”, afirma Tania.
Também é essencial que os professores conheçam as publicações e os cursos relativos às áreas acadêmicas de sua atuação, assim como formações especificamente voltadas às práticas de sala de aula. Temas relacionados a metodologias, avaliações, inclusão e uso de ferramentas digitais são obrigatórios na atualização e qualificação do profissional de forma contínua.
No Anglo, os professores têm uma série de recursos de atualização, ligados mais diretamente à proposta do sistema de ensino, e cursos voltados à educação e práticas de sala de aula, por meio do PROFS, o ambiente virtual de formação continuada e apoio pedagógico. Esses cursos têm durações variadas — 2, 3, 4, 15 ou 30 horas —, permitindo aos educadores se planejarem para inserir em seu cotidiano os períodos necessários de desenvolvimento profissional.
“Aproveitar esses recursos não deveria ser encarado somente como algo ‘bom para as escolas’. Trata-se de um jogo de ganha-ganha, em que todos são beneficiados: escola, que tem uma qualidade sempre mantida e aprimorada; alunos, que contam com cursos cada vez mais efetivos para sua aprendizagem e desenvolvimento; e professores, que se mantêm atualizados e, também por isso, mais valorizados e reconhecidos”, finaliza Tania.