5 autoras brasileiras para usar como repertório na redação dos vestibulares

Os grandes processos seletivos do país estão abordando, cada vez mais, a literatura feita por mulheres. Inspire-se!

A literatura produzida por mulheres está sendo cada vez mais valorizada pelos grandes vestibulares do país. Um exemplo é a Fuvest, responsável pelo exame para ingresso na Universidade de São Paulo (USP), que divulgou uma nova lista de leituras obrigatórias a partir de 2026. Essa relação de obras é composta somente por mulheres escritoras de língua portuguesa. 

 “Retomar vozes de autoras que nunca alcançaram seu espaço no cenário predominantemente masculino é uma ação importante para a ampliação da identidade estética nacional”, reflete Maurício Soares, professor de literatura do Curso Anglo. 
 
Seguindo essa tendência, o estudante pode ampliar seu repertório e se inspirar nas obras de escritoras brasileiras para produzir sua redação. O professor Maurício destaca aqui cinco grandes autoras nacionais: 

1. Lilia Schwarcz

Graduada em História e doutora em Antropologia Social pela USP, Lilia atualmente leciona no Departamento de Antropologia da mesma instituição. Também é professora visitante da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, e imortal da Academia Brasileira de Letras, eleita em março de 2024. Além de acadêmica, ela é cofundadora da Companhia das Letras, uma das maiores editoras do Brasil. Entre suas obras de destaque estão “Brasil: uma Biografia”, que oferece uma visão abrangente da história do país, e “O Espetáculo das Raças”, em que investiga a formação do racismo brasileiro. 

2. Djamila Ribeiro

Filósofa, escritora e ativista, é reconhecida como uma das principais vozes do feminismo negro no Brasil. Graduada em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ela ganhou notoriedade ao discutir temas como racismo, feminismo e direitos humanos em suas obras, palestras e debates em redes sociais. Em 2020, seu livro “Pequeno Manual Antirracista” ganhou o Prêmio Jabuti. Ela também é autora de “O que é lugar de fala?” e “Quem tem medo do feminismo negro?”, leituras fundamentais para ampliar o repertório sobre diversidade e inclusão.

3. Conceição Evaristo

Romancista, poeta e professora, sua obra se destaca por retratar as vivências das mulheres negras no Brasil. Trabalhou como doméstica, ingressou em Letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e depois fez mestrado na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Ela se tornou uma das mais importantes vozes da literatura brasileira. Seus livros “Ponciá Vicêncio” e “Olhos d’Água” abordam temas como opressão, resistência e a busca por identidade. Em 2019, ela foi homenageada como Personalidade Literária do Ano pelo Prêmio Jabuti.

4. Marilena Chauí

É uma das mais respeitadas filósofas do Brasil. Ela é formada em Filosofia pela USP, onde também obteve seu mestrado e doutorado, e fez sua carreira como docente. Em 2017, recebeu o título de Professora Emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da universidade. Entre suas obras mais conhecidas estão “Convite à Filosofia“, um guia acessível para estudantes do ensino médio, e “Cultura e Democracia”, em que discute o papel da cultura na construção de uma sociedade mais justa.

5. Gilda de Mello e Souza

Gilda foi crítica de arte, ensaísta e professora, reconhecida por suas contribuições à estética e filosofia da arte no Brasil. Estudou Filosofia na USP, onde também lecionou por muitos anos. A escritora foi casada com o crítico literário Antonio Candido, com quem compartilhou uma vida dedicada à cultura e à educação. Entre suas principais obras estão “O Tupi e o Alaúde”, uma interpretação do clássico “Macunaíma” de Mário de Andrade, e “O Espírito das Roupas”, em que analisa a moda no século XIX.

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