Interesses profissionais: como descobri-los e explorá-los?

Mapear as carreiras existentes, exercitar o autoconhecimento e dialogar com a família, professores e amigos são estratégias que ajudam na escolha da profissão 

Uma escolha de carreira mal trabalhada pode resultar em evasão no ensino superior. Pesquisa divulgada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e pelo Ministério da Educação (MEC) mostrou que 59% dos jovens desistem de seus cursos após ingressarem, e uma causa comum apontada por especialistas é a decisão profissional precoce

Madson Molina, professor, autor e coordenador do Anglo Vestibulares, comenta que esse período concentra decisões muito importantes para o curso da vida do aluno. “Os estudantes devem saber olhar para essas opções de uma maneira mais passional do que racional. Isso vai contar bastante.” 

Como os alunos podem explorar seus interesses? 

O professor fornece alguns passos para orientar a escolha da carreira: 

  1. Mapeamento: saber quais carreiras existem, lembrando que esse espectro aumenta sempre na sociedade atual. 
  1. Autoconhecimento: ter um olhar mais orgânico em relação às próprias aptidões, interesses e afinidades. 
  1. Discussão: conversar com a família, amigos, pares e pessoas de confiança sobre essas escolhas e reflexões. 

Também é importante a pesquisa na internet e em grupos específicos, para entender melhor o cotidiano universitário. “Hoje, por exemplo, os calouros que entram nas universidades se juntam em coletivos, na ideia de se alinhar aos colegas”, conta Madson. “É uma comunicação verdadeira e genuína, que pode trazer muitos inputs para essa decisão”. 

A participação dos professores e dos pais 

“Para um estudante que está na educação básica, a casa e a escola são ambientes de socialização e confiança muito fortes”, diz o autor do Anglo. No caso da instituição de ensino, é importante procurar professores com os quais os alunos têm afinidade, psicólogos da escola e coordenadores pedagógicos. Muitas vezes, eles conhecem o estudante de uma maneira mais próxima do que a família no quesito de aptidões em áreas de conhecimento

Já a família, segundo Madson, precisa tirar um pouco o lado mais passional de pai e mãe em relação às decisões. “Eu acho que a gente, porque também sou pai, tem que dar suporte nas escolhas no sentido de que sejam as mais conscientes possíveis. Precisamos garantir que todas as nuances e possibilidades de determinada carreira sejam apresentadas”. 

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