Alunos novos: como escola e família podem ajudar na adaptação?

Inclusão e acolhimento são essenciais para uma transição serena e positiva para o novo ambiente escolar

Integrar um novo aluno à escola é um processo cheio de desafios que exige cuidado e atenção por parte dos pais e da escola. A colaboração entre família, professores, coordenadores, gestores e funcionários é essencial para garantir que o estudante se sinta bem-vindo, valorizado e apoiado em sua jornada de aprendizado. 

Para Vinícius Araújo, coordenador do colégio Anglo São Paulo, o primeiro passo é chamar o aluno para conversar e apresentar a ele o projeto da escola. “É preciso mostrar quais são as dinâmicas, as regras e como funciona o sistema de notas e de avaliação, entre outras coisas. Tudo isso é muito importante para ele saber exatamente qual é e como é a escola em que ele está entrando”, diz. “Assim, o estudante já se sente respeitado porque a gente está dando espaço para ele entender quais são as rotinas e os procedimentos daquela escola”, complementa. 

O segundo passo, de acordo com o coordenador, é assegurar que todas as características do aluno sejam respeitadas integralmente. “É preciso dar visibilidade a aquele aluno e deixar claro que ele faz parte daquele grupo.” 

Esse acolhimento é fundamental para criar um ambiente caloroso, receptivo e inclusivo, onde o aluno se sinta seguro e pertencente desde o primeiro momento. “Ninguém consegue estudar e aprender se não se sente em paz, acolhido e seguro”, aponta. “A escola é um lugar de segurança, de acolhimento e deve ser a extensão da casa do estudante.” 

O papel dos pais 

A participação dos pais nesse processo de adaptação também é muito importante. “O papel da família é de ser uma parceira da escola. Isso inclui trazer informações, incentivar o filho, evitar críticas, comparações e conflitos, além de promover um ambiente acolhedor em casa”, destaca Vinícius.  

Os pais podem compartilhar informações relevantes sobre o seu filho ou filha, o que envolve detalhes médicos, questões de saúde mental, aspectos financeiros e rotina diária. “Com essas informações, a escola estará mais bem preparada para cuidar e educar a criança ou o adolescente”, avalia o coordenador. 

Vinícius ressalta a importância de estabelecer um diálogo aberto com os filhos, permitindo que expressem seus pensamentos e sentimentos. “Uma conversa sempre com muito respeito, para que o estudante também se sinta acolhido em casa.” 

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