Autoconhecimento e autodesenvolvimento: como os alunos podem desenvolver essas habilidades?

Conhecer os próprios interesses e estabelecer metas são essenciais para o crescimento pessoal, acadêmico e profissional dos jovens

Incentivar os estudantes a explorarem seus interesses, valores e metas pessoais e profissionais é importante para prepará-los não apenas para o mercado de trabalho, mas também para os desafios da vida adulta. Quando o jovem é encorajado a compreender o que realmente o motiva, torna-se mais propenso a encontrar um propósito na escolha de sua carreiras e na sua vida em geral. 

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), nas 10 competências gerais da educação básica, aborda as habilidades a serem desenvolvidas pelos estudantes ao longo da jornada escolar. A competência número 8 refere-se ao autoconhecimento e autocuidado. “Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas”, diz o texto. 

Processo gradual e contínuo 

O psicólogo Eduardo Katto, do Serviço de Atendimento Psicológico (SAP) do Anglo, explica que o autodesenvolvimento é um processo constante de aprendizado, crescimento e amadurecimento pelo qual todas as pessoas passam ao logo de suas vidas.  

Os alunos, independentemente da faixa etária, estão nesse processo de autodesenvolvimento”, ressalta.  “O ambiente escolar é pensado para proporcionar espaço para isso de forma gradual e continua. Ao longo dos anos letivos, eles são cada vez mais incentivados a tomar as rédeas desse processo, promovendo uma maior autonomia nas suas escolhas.” 

De acordo com ele, quando o aluno possui autonomia nesse processo, ele pode realizar um planejamento consciente, fazendo escolhas direcionadas para o seu desenvolvimento em diferentes áreas da vida. “O autoconhecimento se torna uma habilidade de suma importância nessa perspectiva, que permite entender seus pontos fortes e fracos, interesses, habilidade e paixões, e compreender sua trajetória pessoal, acadêmica e profissional.” 

Eduardo diz que para promover a autonomia, considera importante ensinar os jovens a fazerem escolhas conscientes, desde decisões simples, como a escolha do que vestir no dia a dia, até as mais complexas, como determinar os assuntos de maior interesse para compor seu itinerário formativo no ensino médio. 

Ele lista algumas atividades que podem auxiliar os jovens nesse processo:

  1. Diálogo sobre escolhas acadêmicas e profissionais com pessoas próximas, como familiares, professores e colegas; 
  2. Participação em palestras, workshops e feiras de profissões; 
  3. Engajamento em processos de orientação profissional
  4. Realização de processos terapêuticos conduzidos por profissionais capacitados. 

“Compreender esses aspectos e ter autonomia nas escolhas significa que os processos de autoconhecimento e autodesenvolvimento atuarão em conjunto para guiar os jovens nessa jornada de independência e amadurecimento”, finaliza o psicólogo. 

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