Leitura ativa, revisão espaçada e técnica “pomodoro” são algumas das abordagens que podem ser utilizadas para potencializar o desempenho acadêmico
Saber utilizar corretamente os métodos de estudo pode agilizar o aprendizado e facilitar a memorização. Isso porque estudar de maneira eficiente nem sempre significa passar horas a fio com os livros. Mas como encontrar a técnica que se ajusta às necessidades e rotina de cada aluno?
Neste artigo, vamos explicar o que são métodos de estudo e a importância dessas estratégias para melhorar o desempenho acadêmico. Também selecionamos os 10 métodos de estudo mais eficientes e trazemos dicas para que cada aluno descubra qual é a técnica ideal para o seu perfil e contexto educacional. Confira!
O que são métodos de estudo?
Métodos de estudo são estratégias usadas para facilitar a compreensão, memorização e aplicação de conteúdos. Eles ajudam a organizar o aprendizado de forma mais eficiente e podem variar de acordo com o estilo e as necessidades de cada pessoa.
Qual a importância de adotar um método de estudo?
Adotar um método de estudo contribui diretamente para a eficiência do ensino. Por exemplo, essas técnicas ajudam a evitar a procrastinação, pois permitem um melhor planejamento do tempo. Elas também são importantes para distribuir as tarefas de forma mais equilibrada no cronograma de estudos, garantindo que todo o conteúdo seja abordado e diminuindo a sobrecarga nos dias anteriores a provas ou prazos importantes.
Alguns benefícios de adotar métodos de estudo são:
- Aumento da retenção de informações: técnicas adequadas ajudam a fixar melhor o conteúdo e aprimorar a memória de longo prazo. Isso reduz a necessidade de “decoreba” de última hora.
- Desenvolvimento da autonomia e da autoconfiança: quando um estudante adota um método que funciona para ele, sente-se mais confiante para enfrentar as provas e avaliações, pois sabe como gerenciar seu próprio aprendizado.
- Redução do estresse: métodos de estudo estruturados ajudam os alunos a evitarem acúmulos de tarefas e a lidar melhor com a pressão de trabalhos ou prazos.
- Identificação de pontos fracos: o estudante consegue perceber quais tópicos ele tem mais dificuldade e precisa reforçar, para que possa ajustar seu plano de estudos de forma mais assertiva.
- Melhoria da concentração e do foco: métodos que alternam períodos de estudo e pausa, por exemplo, ajudam a manter o foco e a atenção, evitando distrações e tornando o estudo mais produtivo.
Conheça 10 métodos de estudo eficientes
Confira uma seleção de 10 métodos de estudo que podem ajudar a melhorar a retenção de informações, manter o foco e facilitar a compreensão de conteúdos:
1. Leitura ativa
A leitura ativa consiste em ler com um propósito, mantendo o cérebro engajado no conteúdo. Em vez de simplesmente passar os olhos pelo texto, essa técnica exige que o estudante faça anotações, destaque trechos importantes, elabore perguntas sobre o conteúdo e tente fazer um resumo das partes mais marcantes com suas próprias palavras.
2. Mapas mentais
Os mapas mentais são ferramentas visuais que ajudam a organizar as informações de forma gráfica. A ideia é criar uma representação visual do conteúdo, conectando ideias principais e secundárias. O estudante deve começar escrevendo um tema central no meio do papel ou da tela do computador e criar ramificações para subtemas ou conceitos relacionados. Cores, imagens e palavras-chave tornam o mapa mental mais dinâmico e fácil de ser memorizado.
3. Técnica “pomodoro”
A técnica “pomodoro” é um método de gerenciamento de tempo que divide o estudo em blocos de 25 minutos de foco total, seguidos por 5 minutos de pausa. Após quatro “pomodoros”, faz-se uma pausa maior, de 15 a 30 minutos. Alguns sites e aplicativos, como o Pomofocus e o Forest, fazem essa cronometragem automaticamente.
4. Flashcards
Os flashcards são cartões pequenos com perguntas de um lado e respostas do outro, geralmente com conceitos, fórmulas ou definições importantes. O estudante deve utilizá-los para revisar durante períodos curtos de estudo e de modo frequente, tentando lembrar a resposta antes de consultá-los. Trata-se de uma forma de gamificação, principalmente se o aluno quiser incluir pontos e recompensas por respostas corretas.
5. Revisão espaçada
A revisão espaçada é uma técnica que envolve revisar o conteúdo em intervalos de tempo crescentes, em vez de estudar tudo de uma vez. O conteúdo estudado hoje, por exemplo, precisa ser revisado amanhã, depois na semana que vem e novamente daqui a um mês. Assim, o cérebro tem mais tempo para consolidar as informações na memória de longo prazo.
6. Mnemônica
As mnemônicas são estratégias que ajudam a lembrar informações difíceis por meio de associações criativas, como acrônimos, rimas ou frases. Elas são especialmente úteis para lembrar listas ou conjuntos de informações. Por exemplo, para lembrar a sequência de planetas do Sistema Solar, pode-se usar o acrônimo “Meu Vizinho Tratou Meu Jardim Sob Uma Neblina”, representando Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
7. Simulados
Simulados são indispensáveis na preparação para provas longas, que demandam maior resistência, como exames vestibulares, pois simula as condições reais da avaliação. É importante para conhecer o estilo do exame e das questões e desenvolver estratégias de resolução. O aluno pode buscar provas antigas pela internet e tentar responder às questões sem consulta. E, depois, corrigir as respostas para identificar os assuntos e disciplinas que necessitam de mais atenção.
8. Ensino do conteúdo
Ensinar o conteúdo para outra pessoa é uma das formas mais poderosas de consolidar o aprendizado. Quando o aluno ensina, precisa organizar suas ideias e explicar de maneira simples e inteligível, o que reforça a memória e ajuda a identificar lacunas no conhecimento. O tema pode ser explicado para um colega, familiar ou até para si mesmo.
9. Alternância de matérias
Alternar matérias consiste em intercalar o estudo de diferentes disciplinas ou tópicos em uma mesma sessão de estudo. Por exemplo, o aluno pode estudar 30 minutos de Matemática, depois 30 minutos de Biologia e então 30 minutos de História. Isso melhora a flexibilidade cognitiva e ajuda a evitar a monotonia.
10. Método Robinson (EPL2R)
O Método Robinson, também conhecido como EPL2R (Explorar, Perguntar, Ler, Rememorar e Revisar), é utilizado para compreender textos com mais profundidade. As etapas devem ser seguidas nesta ordem:
- Explorar o texto rapidamente, identificando títulos, subtítulos e imagens.
- Perguntar a si mesmo sobre o que o texto pretende explicar ou qual é seu objetivo.
- Ler o texto com atenção, procurando responder às perguntas.
- Rememorar o que acabou de ler, recapitulando as principais ideias.
- Revisar o conteúdo, revisitando as partes mais importantes e esclarecendo pontos duvidosos.
Como descobrir o método ideal para estudar?
Descobrir o método de estudo ideal envolve autoconhecimento e experimentação, já que cada pessoa aprende de maneira diferente. Em um primeiro momento, é importante analisar o tempo disponível e os objetivos de estudo. A técnica “pomodoro”, por exemplo, é útil para quem tem períodos curtos para se dedicar. Já quem tem foco em provas específicas, como o Enem e vestibulares, revisões espaçadas podem ser ideais para fixar o conteúdo ao longo do tempo.
Outra dica é identificar o próprio estilo de aprendizagem, ou seja, a maneira pela qual absorve conteúdos e informações. São eles:
- Visual: quem aprende melhor vendo deve usar mapas mentais, diagramas e gráficos.
- Auditivo: aqueles que aprendem melhor ouvindo podem tentar estudar com vídeos, podcasts, repetindo o conteúdo em voz alta ou ensinando alguém.
- Cinestésico: quem prefere aprender fazendo pode experimentar a realização de exercícios e simulados.
- Leitura e escrita: para aqueles que gostam de e escrever, resumos, fichas e flashcards podem ser eficazes.
É recomendável testar diferentes técnicas para ver quais proporcionam melhores resultados. Para avaliá-las, é possível fazer algumas perguntas para si mesmo, como: “eu me sinto mais concentrado e motivado?”, “consegui reter as informações com mais facilidade?”, ou “minhas notas e desempenho escolar melhoraram?”.
Outro fator importante é não ter medo de ajustar o método para uma abordagem personalizada. Além disso, com o tempo, as necessidades e preferências podem mudar, e é importante adaptar o estudo para acompanhar essa evolução.
Veja também:
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